Você ainda vai comer esse hambúrguer vegano
Reconheço que estou longe de ser um entusiasta de dietas vegetarianas ou veganas. Existem centenas de pratos que não levam carne e são deliciosos, claro. Mas existem outros tantos que levam e são igualmente saborosos – e não me passa pela cabeça abrir mão deles.
De qualquer forma, compreendo e sou simpático à causa de que precisamos consumir menos proteína animal. Desde que passamos a contar com geladeiras para armazenar e conservar alimentos, o consumo de carne no mundo cresceu absurdamente.
Para dar conta dessa demanda, usamos cada vez mais espaço físico, tanto para criar os animais quanto para produzir ração para eles. Estima-se que um quarto da água potável e quase metade das terras férteis do mundo são, hoje, ocupadas para cultivar animais para o consumo humano. Uma conta que não fecha, especialmente em termos ambientais.
Por isso, vejo com bons olhos o surgimento e crescimento de empresas como a Impossible Foods, uma startup norte-americana que tem como missão criar um substituto à carne bovina feito apenas de plantas.
Aí você vai falar: "Ah, já existe hambúrguer vegano!" Certamente que sim. Só que a novidade dessa carne vegetal, chamada de Impossible Meat, é uma proteína chamada "heme", ou hemoglobina de legumes. Ela faz com que a carne vegana "sangre" e tenha textura e sabor iguais (ou muito parecidos) com o da carne bovina.
Por enquanto, a empresa conseguiu apenas fazer uma versão de carne moída "falsa", usada em hambúrgueres, almôndegas, molhos e recheios, como os de empanadas e pastéis, por exemplo. Ou seja, ainda vai demorar até conseguirem uma picanha malpassada de carne de mentira. Quem já provou, diz que não consegue sentir a diferença. Eu mesmo ainda não comi – por enquanto, a "carne impossível" só está à venda nos EUA, Hong Kong, Macau e Singapura.
Mas é questão de tempo até que essa carne de mentira esteja em um restaurante perto da gente. Nesta semana, a rede de fast-food Burger King começou a vender nos EUA o Impossible Whooper, que leva o hambúrguer vegano que sangra. Se tudo der certo (e parece que vai dar), o consumo de carne pode mudar bastante no futuro. No mínimo, o meio-ambiente vai agradecer.
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