Daora http://daora.blogosfera.uol.com.br Aqui você fica sabendo sobre as coisas mais “daora” dos bares e restaurantes de São Paulo! E outras nem tão daora assim Fri, 16 Aug 2019 21:58:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Cerveja artesanal barata? Tem, sim senhor http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/cerveja-artesanal-barata-tem-sim-senhor/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/cerveja-artesanal-barata-tem-sim-senhor/#respond Fri, 16 Aug 2019 19:56:54 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=341

Bares oferecem geladas artesanais com preços mais em conta (crédito: Marcelo Rodrigues/Divulgação)

Como escrevi essa semana, a maioria dos bares e restaurantes que têm prosperado são aqueles com preços mais em conta. Ou pelo menos se mantendo de maneira razoável. Um desses casos, e que visitei nesta semana, é o Democraft Beer, na Vila Madalena.

O nome já sugere: a ideia dos donos é democratizar a cerveja artesanal – que em outros lugares pode aparecer em latas ou garrafas custando mais de R$ 40, por exemplo. Em relação ao preço, o Democraft faz jus à sua proposta. Todos os chopes vendidos ali saem por R$ 12 (300 ml) ou R$ 15 (450 ml).

Seleção de chopes do Democraft Beer (crédito: Arquivo pessoal)

É um modelo que vi ano passado quando viajei ao Uruguai em lua de mel (e funciona de forma parecida na Argentina). Nos bares dedicados às geladas artesanais de lá, a maioria delas custa a mesma coisa, com exceção àquelas que levam ingredientes mais caros. Ainda assim, a diferença não é muito grande.

Para conseguir esse preço acessível, o truque foi fazer uma média do custo dos barris de chope. Como a casa tem apenas seis torneiras, fica mais fácil de fazer as contas. Algumas marcas são mais conhecidas, outras nem tanto, o que ajuda a equilibrar o preço. E, trabalhando com menos marcas, a possibilidade de perder bebida é reduzida.

A comida servida lá segue o modelo de preço fixo: porções de petiscos como os bolinhos de polenta recheados com queijo e carne de costela ou os bolovos de ovo de codorna saem por R$ 15 (pequena) ou R$ 25 (grande). Todos os burgers, por sua vez, custam R$ 30. Não é assim barato, mas está na média de outros lugares parecidos.

Claro, há mais lugares que vendem cervejas artesanais a preço razoáveis. O Cerveja a Granel, na Santa Cecília, tem um modelo interessante. Você carrega um cartão pré-pago com o valor que quiser. Ao se servir em uma das torneiras, é debitado o valor que efetivamente foi pro copo. Com isso é possível provar pequenas doses de várias bebidas.

Os brewpubs, bares que fazem e vendem suas próprias cervejas, também costumam vender alguns de seus rótulos por valores reduzidos. Para saber mais sobre eles, vale ler essa reportagem do Bruno Dias, que selecionou algumas cervejarias artesanais que vendem direto da fábrica em São Paulo.

Vai lá:

Democraft Beer
Onde: Rua Delfina, 42, Vila Madalena
Terça a quinta, das 17h às 23h.
Sexta e sábado, das 12h à 0h.
Domingo, das 12h às 18h.
Telefone: (11) 3031-7163
Mais informações pelo Instagram do Democraft Beer.

Cerveja a Granel
Onde: Rua Barão de Tatuí, 402, Santa Cecília
Quarta a sexta, das 17h às 23h30.
Sábado, das 13h às 23h30.
Domingo, das 13h às 20h30.
Telefone: (11) 2894-2149
Mais informações pelo Instagram do Cerveja a Granel.

]]>
0
Na crise, bares e restaurantes “baratos” saem ganhando http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/13/na-crise-bares-e-restaurantes-baratos-saem-ganhando/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/13/na-crise-bares-e-restaurantes-baratos-saem-ganhando/#respond Tue, 13 Aug 2019 12:13:15 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=337

crédito: iStock

Comer fora de casa, você já deve ter reparado, está mais caro. Um levantamento da Kantar, multinacional de painéis de consumo, divulgado no fim de julho confirma essa percepção. Segundos o estudo, os pratos de cardápio subiram, em média, 8% entre março de 2018 e de 2019 no Brasil.

Por causa disso, 62% dos paulistas fizeram refeições fora de casa em março deste ano. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 68%, o que quer dizer que cerca de 720 mil pessoas deixaram de ir a restaurantes. Isso só no Estado de São Paulo.

Além disso, as autoridades não estão facilitando a vida do segmento, explica Maricato. Por exemplo, a Prefeitura de São Paulo passou a cobrar uma taxa para que os estabelecimentos coloquem mesas na calçada. Já o Governo do Estado de São Paulo passou a cobrar ICMS dos pescados, surpreendendo os donos de várias casas.

Com esse cenário nada animador, muitos bares e restaurantes decidem fechar as portas. E não é de se estranhar que donos de estabelecimentos tenham reclamado bastante. Só nas últimas duas semanas, ouvi quatro pessoas afirmando que estão pensando em encerrar as atividades.

Lembrando que o índice de mortalidade nesse setor é alto: a cada 100 bares e restaurantes abertos, 35 fecham em um ano. Apenas três sobrevivem mais de 10 anos. Na atual conjuntura, porém, eles fecham mais rápido.

“É uma coisa muito natural, os setores ligados ao lazer, incluindo bares e restaurantes, são os que mais sofrem em épocas de crise”, afirma Percival Maricato, presidente da Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo). “Quem ia mais (a restaurantes), vai menos, só uma vez por mês. Quem gastava mais, gasta menos, divide o prato. E por aí vai.”

Por outro lado, há quem consiga aproveitar a pindaíba –especialmente bares e restaurantes conhecidos pelos preços mais camaradas. Talvez o movimento neles tenha caído, mas basta passar por endereços como Pé pra Fora (Pompéia), Mercearia São Pedro (na Vila Madalena), No Name e Bar do Biu, em Pinheiros, ou o bar Varanda, no Tatuapé, para ver que eles continuam cheios.

Pode ser que a cerveja especial e o hambúrguer não caibam mais no orçamento com frequência. Já uma gelada na garrafa e uma porção de frango à passarinho são uma diversão mais acessível.

Pelo menos é um alento num ano que a economia não dá sinais de recuperação tão cedo: no segundo trimestre de 2019, foi registrada uma queda de 0,13% no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). No primeiro trimestre do ano, o mesmo índice apresentou recuo de 0,2% –ou seja, o país entrou em recessão técnica, que é quando o PIB cai por dois trimestres seguidos.

]]>
0
Para conhecer a Coreia http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/09/para-conhecer-a-coreia/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/09/para-conhecer-a-coreia/#respond Fri, 09 Aug 2019 18:05:29 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=333

Bibimbap, mexido de arroz coreano (crédito: Eduardo Knapp/Folhapress)

A cozinha coreana não é exatamente popular entre os paulistanos. Entre os motivos, destaco a localização dos restaurantes que ficam, em sua maioria, no Bom Retiro, epicentro dessa comunidade, mas que não desperta grandes interesses por quem não trabalha ou mora por ali. Ao contrário do bairro da Liberdade, por exemplo.

Esse fim de semana, porém, há boas oportunidades para conhecer a região e, claro, alguns dos pratos mais apreciados pelos imigrantes e seus descendentes. É que de hoje até domingo acontece na praça Coronel Fernando Prestes, no Bom Retiro,  o 13º Festival da Cultura Coreana.

O evento terá bandas de K-Pop, gênero musical que já tem milhares de fãs no Brasil, apresentações de Taekwondo e várias barracas com receitas preparadas pelos restaurantes da região. Espere encontrar pratos como o burgogui (churrasco com molho agridoce), bibimbap (um tipo de mexido de arroz), kimchi (conserva apimentada que costuma ser feita de acelga e outros vegetais) e frango frito.

São sabores mais picantes aos que estamos acostumados – os coreanos são conhecidos mundialmente pela tolerância à pimenta. Mas são muito gostosos e vale a pena conhecê-los.

E, se você ainda estiver na vibe asiática, o restaurante Aizomê faz no sábado a sua feirinha, batizada de Aizomê Ichiba. A graça aqui é provar os pratos do premiado estabelecimento por valores mais acessíveis.

O tempurá de camarão com maionese apimentada e ovas de massagô sai por R$ 25, enquanto o karê udon (macarrão grosso com caldo de curry japonês) custa R$ 30. Também é possível comprar produtos artesanais japoneses, como missô e geleia de yuzu e saquês selecionados por Alexandre Tatsuya Lida, da Adega de Sake.

Aizomê Ichiba
Onde: alameda Fernão Cardim, 39, Jardim Paulista
Horário: sábado (10), das 11h às 16h
Telefone: (11) 3251-5157

13º Festival da Cultura Coreana
Onde: praça Coronel Fernando Prestes, s/ nº, Bom Retiro
Horário: sexta a domingo (11), das 11h às 21h

]]>
0
Fim de semana dos festivais gastronômicos http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/02/fim-de-semana-dos-festivais-gastronomicos/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/08/02/fim-de-semana-dos-festivais-gastronomicos/#respond Fri, 02 Aug 2019 16:05:29 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=329

Visitantes acompanham preparo de paella no festival Fartura de 2018 (crédito: Davilym Dourado/Divulgação)

O fim de semana em São Paulo tem duas opções bacanas para quem gosta de comer bem: o festival Fartura, que acontece no Jockey Club no sábado e no domingo, e o Comida de Herança, que ocupa o espaço Unibes Cultural nesta sexta-feira e no sábado.

O Fartura está em sua quarta edição e seu grande trunfo são as chamadas expedições realizadas pela organização, que viaja pelo Brasil em busca de pessoas, ingredientes e receitas. Desde que surgiu, já percorreu 77 mil km, visitou 264 cidades e entrevistou mais de 600 pessoas.

É esse conhecimento que embasa as escolhas dos expositores, que vão de pequenos produtores até nomes como Marcelo Corrêa Bastos (Jiquitaia e Vista), Matheus Zanchini (Borgo Mooca), Vitor Generoso (do Divina Gula, em Maceió). As chefs Helena Rizzo, do Maní, e Ana Luiza Trajano, do Instituto Brasil a Gosto, e outros, comandarão aulas teóricas e práticas de comida.

Já o Comida de Herança tem como foco os pequenos produtores e microempresários da gastronomia, que estarão lá vendendo queijos, chocolates, cafés especiais, pães, entre outros produtos. O mel, no entanto, é o principal destaque da edição – os organizadores querem destacar a importância da preservação das abelhas e sua contribuição para a preservação da vegetação brasileira.

Festival Fartura – Comidas do Brasil São Paulo
Onde: Jockey Club São Paulo (Avenida Lineu de Paula Machado, 1263, Cidade Jardim).
Datas: 3 e 4 de agosto
Horários: Sábado, das 12h às 22h. Domingo, das 12h às 20h.
Entrada: R$ 25 (inteira) e R$ 12 (meia entrada)

Comida de Herança
Onde: Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2500, Sumaré)
Datas: 2 e 3 de agosto
Horários: 10h às 20h
Entrada: gratuita

]]>
0
Por mais livros de gastronomia http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/07/31/por-mais-livros-de-gastronomia/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/07/31/por-mais-livros-de-gastronomia/#respond Wed, 31 Jul 2019 18:15:11 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=325

Pudim de cupuaçu, uma das receitas que a chef Heloisa Bacellar apresenta em seu novo livro (crédito: Romulo Fialdini/Divulgação)

Recebi esses dias o novo livro da chef Heloisa Bacellar, Cozinha Brasileira – Histórias e Receitas, e admito que fiquei um pouco chateado. Não pelo livro, claro (falo dele mais embaixo). É que o mercado de livros de gastronomia anda bem em baixa no Brasil. Alguns anos atrás, todo mês havia uma boa leva de lançamentos, entre títulos escritos por chefs daqui e outros traduzidos.

Com a crise dos últimos anos, o dinheiro secou para esse tipo de livro. Um dos motivos é que eles costumam ter custo de produção mais alto por causa das fotos, da impressão em papel de mais qualidade e da capa dura. Outro motivo é que nem sempre dão muito retorno.

Quem consegue publicar são chefs mais famosos, muitos com programas na TV ou que fazem sucesso nas redes sociais, ou são livros de receitas para dietas da moda (tem um dedicado aos hambúrgueres vegetarianos, por exemplo). É ruim pela falta de opções, é ruim porque é um reflexo do setor como um todo, que tem despertado menos o interesse do público em geral.

Por isso é importante ver obras fora desse perfil sendo lançadas. Lembrando que a chef Heloísa Bacellar está longe de ser uma desconhecida. Seu empório/restaurante, o Lá da Venda, é muito elogiado, assim como seu conhecimento. Só que ela não é celebridade de TV. E precisou de patrocínio para fazer o livro.

Sobre o livro, é um bom ponto de partida para conhecer a cozinha brasileira. A chef dividiu os capítulos por regiões. Para cada uma delas, ela explica os principais ingredientes e apresenta as receitas mais importantes. Para quem quiser saber mais sobre nossa culinária, no entanto, recomendo História da alimentação no Brasil, de Câmara Cascudo, até hoje o principal tratado sobre o assunto.

Cozinha Brasileira – Histórias e Receitas
Heloisa Bacellar (texto) e Romulo Fialdini (fotografias)
Editora DBA
R$ 40; 144 págs.

Lá da Venda
https://ladavenda.com.br/

]]>
0
No Dia da Pizza, conheça versões diferentonas da redonda http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/07/10/no-dia-da-pizza-conheca-versoes-diferentonas-da-redonda/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/07/10/no-dia-da-pizza-conheca-versoes-diferentonas-da-redonda/#respond Wed, 10 Jul 2019 20:52:47 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=317

O pizza burger da Fre Forneria (crédito: Henrique Peron/Divulgação)

Se você perguntar a um paulistano quem faz a melhor pizza do mundo, muito provavelmente, ele vai citar algum restaurante da capital paulista. Já se essa questão fosse feita a nova-iorquinos ou napolitanos – que também são defensores ferrenhos de suas redondas – eles falariam que suas respectivas cidades fazem as melhores pizzas do planeta.

Massa mais fina? Mais grossa? Mais ou menos recheio? Depende muito de onde você nasceu e o que cresceu comendo. Um havaiano com certeza acha natural colocar abacaxi na pizza, da mesma forma que a combinação de lombo defumado com catupiry só existe por aqui.

Aliás, tem bastante pizza diferente feita nessa plagas, o que tira nosso direito de reclamar das receitas inventadas em outros países. O caso mais emblemático é o da Batepapo, em Guarujá, litoral de São Pãulo, que já colocou até um pneu em uma de suas redondas. O mais “normal” é ela fazer pizzas gigantes com vários sabores, às vezes misturando sabores salgados e doces em uma mesma massa, como essa abaixo que tem um coração recheado com brigadeiro entre a metade de calabresa e a metade de mussarela.

Ver essa foto no Instagram

 

# Feliz dia dos namorados.

Uma publicação compartilhada por @pizzariabatepapo (@pizzariabatepapo) em

Outras casas, por sua vez, procuram usar sabores conhecidos e já aprovados a muito pelos brasileiros. A Frê Forneria tem uma pizza burger (R$ 51): o disco de carne é coberto com queijo cheddar inglês e cebola caramelizada. Em seguida, é envolvido em massa de pizza e levado para assar.

A Famiglia Lucco, endereço bastante tradicional na Lapa, chama a atenção com sua redonda de estrogonofe, que leva filé mignon, molho de estrogonofe e batata palha. E não é difícil de achar casas por aí que sirvam combinações menos convencionais, como carne seca e mandioca ou carpaccio, rúcula e parmesão.

Para quem busca fartura, a Jesus Pizza é uma aposta. O recheio bem caprichado tem feito a fama de Jesus, que depois de se consolidar pelos arredores de Pompeia, Perdizes e Higienópolis, está abrindo unidades em outros cantos da cidade, como Tatuapé e Vila Leopoldina.

Além das combinações mais conhecidas, traz receitas “norte-americanas”, como redondas com molho barbecue no lugar do molho de tomate, queijo, bacon, cebola roxa e presunto cru. E é uma das poucas casas que serve a “stuffed pizza”, estilo bem comum em Chicago (EUA), com massa e borda altas.

Seja você tradicionalista ou não, São Paulo oferece versões para todos os gostos. Até os mais estranhos.

Famiglia Lucco
http://famiglialucco.com.br/

Frê Restaurante e Forneria
https://www.freforneria.com.br/

Jesus Pizza
https://www.facebook.com/jesuspizza1

]]>
0
Paulistano vai menos à churrascaria, mas carne continua no cardápio http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/07/05/paulistano-vai-menos-a-churrascaria-mas-carne-continua-no-cardapio/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/07/05/paulistano-vai-menos-a-churrascaria-mas-carne-continua-no-cardapio/#respond Fri, 05 Jul 2019 22:46:13 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=313

Evento dedicado à carne acontecerá em dois dias neste ano e trará 60 chefs

Domingo passado a revista sãopaulo, do jornal Folha de S. Paulo (do mesmo grupo do UOL), publicou sua edição anual com os melhores bares, restaurantes e outros espaços de gastronomia da capital paulista. Uma das características mais bacanas desse especial é que, além das escolhas do jurados, o Datafolha faz uma pesquisa para descobrir quais são os preferidos pelo público.

Uma informação que me chamou a atenção foi a análise desses dados: segundo o levantamento, os paulistanos estão indo menos às churrascarias. Pela reportagem, não dá para ter uma ideia exata de quanto isso diminuiu. Uma das explicações é que as pessoas estão variando mais e visitando outros tipos de restaurantes.

O que não significa necessariamente que as pessoas estejam comendo menos carne. É fato que não há churrascarias abrindo no mesmo ritmo que outros tipos de restaurantes (como hamburguerias e de comida japonesa). Mas há bastante coisa acontecendo no mercado da carne.

Nos últimos anos, pipocaram pela cidade os chamados “açougues butique”, como Beef Passion, FEED, Talho Carnes e The Butcher. São lugares que vendem cortes especiais, de animais de raças nobres – como bois Angus e Hereford – e que são criados com o maior cuidado.

Custam bem mais que o bife que você compra no supermercado, mas tem gente interessada. Não dá para afirmar 100%, mas o mais provável é que essas carnes vão ser assadas no churrasco de fim de semana. Ou seja, se as pessoas estão deixando de ir às churrascarias, uma das explicações é que elas estão comendo carne em casa.

Outro exemplo de que um belo naco de carne na brasa ainda atrai bastante gente é o evento Churrascada, que fica lotado desde sua primeira edição em São Paulo e hoje está presente em várias cidades do país.

Este ano, aliás, o evento está ainda maior e acontecerá nos dias 3 e 4 de agosto, reunindo 60 chefs-assadores (12 deles são de outros países). A promessa é trazer cortes exclusivos e , como Wagyu (raça japonesa). Os ingressos estão longe de ser acessíveis: para cada dia a entrada é de R$ 400 – e o sábado já está esgotado.

Quer dizer que as churrascarias vão desaparecer? Claro que não. As casas mais espertas já estão se adaptando e oferecendo carnes mais nobres em seus cardápios, justamente para atrair o público interessado em novidades e mais qualidade. O que é bom para todo mundo.

Beef Passion
https://beefpassion.com.br/

Churrascada
https://www.ingresse.com/churrascada-sp

FEED
https://www.feed.com.br/

Talho Carnes
https://web.facebook.com/talhocarnes/

The Butcher
https://www.thebutchersp.com/

]]>
0
O legado de Anthony Bourdain http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/06/28/o-legado-de-anthony-bourdain/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/06/28/o-legado-de-anthony-bourdain/#respond Fri, 28 Jun 2019 19:59:58 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=311

Barack Obama, ex-presidente dos EUA, e o chef e apresentador de TV Anthony Bourdain comeram em um restaurantes simples de Hanoi, em 2016

No dia 25 foi celebrado o primeiro Bourdain Day, uma homenagem ao famoso chef e apresentador de TV Anthony Bourdain, que se suicidou no ano passado. Idealizada pelos chefs Eric Ripert e José Andres, a data, porém, ganhou sentido maior do que simplesmente lembrar da vida e obra do chef norte-americano: cuidar da saúde mental das pessoas que trabalham na indústria de bares e restaurantes dos EUA.

A pressão da jornada na cozinha, que consome várias horas e deixa pouco espaço para descanso e vida pessoal, e os baixos salários no setor são algumas das razões que fazem com que essa categoria tenha sua saúde mental mais abalada que outras. Bourdain, por sinal, relatou esses problemas, como abuso de álcool e drogas, em seu primeiro livro, Cozinha Confidencial.

Em vários estados dos EUA, foram realizadas ações de prevenção ao suicídio entre trabalhadores da indústria de bares e restaurantes. Restaurantes também doaram parte do lucro obtido no dia para instituições públicas que ajudam a tratar doenças psiquiátricas.

A dupla Ripert e Andrés também anunciou uma bolsa de estudos para alunos do famoso Culinary Institute of America (CIA), escola de gastronomia onde Bourdain se formou. Batizada de Anthony Bourdain Legacy Scholarship, a bolsa tem o objetivo de levar alunos da escola a viajarem por um semestre para outros países e conhecerem a cultura e a comida estrangeiras.

“Essa é a chance de jovens cozinheiros seguirem o mesmo caminho de descobertas e curiosidade que Anthony trilhou”, disse Ripert, em um post no Instagram. Que Bourdain siga inspirando mais pessoas, cozinheiros ou não, a descobrir novas comidas e culturas e a cuidar de sua saúde mental.

]]>
0
Seis restaurantes para celebrar a imigração japonesa no Brasil http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/seis-restaurantes-para-celebrar-a-imigracao-japonesa-no-brasil/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/seis-restaurantes-para-celebrar-a-imigracao-japonesa-no-brasil/#respond Tue, 18 Jun 2019 18:49:12 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=305

Seleção de sushis do Nōsu (crédito: Divulgação)

Cento e onze anos atrás, o Kasato Maru desembarcou em Santos trazendo as primeiras 165 famílias japonesas para trabalhar nas lavouras de café brasileiras. Hoje, o país abriga a maior comunidade de descendentes fora do Japão: estima-se que ela tenha 1,5 milhões de nipo-brasileiros.

Entre as várias contribuições trazidas ao país por esses imigrantes, a culinária com certeza é uma das mais populares – basta ver o tanto de rodízio de sushi que tem por aí. Tá certo que rodízio não é a melhor representação da comida japonesa (apesar de gostar bastante) nesse texto, mas já é alguma coisa.

Aliás, existem grandes diferenças entre a culinária nipônica encontrada no Brasil com a que é praticada no Japão. Um movimento mais do que normal e que aconteceu com outras culinárias, como a italiana. Um dos motivos é a ausência de ingredientes. Os primeiros imigrantes japoneses, por exemplo, usavam melaço de cana para fazer shoyu, porque não havia soja disponível para fazer o molho.

Com o tempo, claro, muita coisa começou a ser produzida por aqui e tantas outras começaram a ser importadas. Mas ainda há ingredientes que chegam apenas raramente, como o wasabi in natura – a raiz forte, que é ralada na hora. Sem esses ingredientes, fica difícil ter todos os sabores encontrados no Japão (um problema que é bem menor em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo)

O que é uma pena, pois a culinária japonesa é uma das mais refinadas do mundo – na opinião desse escriba, é a melhor de todas. Segundo o guia Michelin, Tóquio tem 230 restaurantes estrelados. Treze 13 deles com três estrelas, 52 com duas estrelas e 165 com uma estrela. Paris, a segunda capital mais “estrelada”, por sua vez, tem “apenas” 113 restaurantes condecorados com estrelas (a França, porém, tem mais restaurantes estrelados que o Japão no total).

O que não quer dizer que não existam bons restaurantes japoneses, ainda mais em São Paulo, onde estão a maioria dos descendentes nipo-brasileiros. A seguir, uma seleção de clássicos para conhecer mais sobre essa culinária tão requintada.

Aizomê
Comandado pela chef Telma Shiraishi, se destaca pelo estilo kaiseki, que funciona no estilo menu-degustação. É frequentemente eleito como uma das melhores casas de comida japonesa do país.
http://www.aizome.com.br/

Nōsu
O lindo visual externo e o salão são decorados com bambu e remetem a uma noz (nōsu quer dizer noz, em japonês). Da cozinha saem sashimis e sushis em versões clássicas e modernas, como o sushi de vieira trufado.
http://www.nosu.com.br/

Shin-Zushi
A seleção de pescados e frutos do mar está entre as melhores da cidade. Às vezes serve atum bluefin, dos mais raros e caros.
https://shinzushi.com.br/

Izakaya Matsu
Boteco ao estilo japonês, serve pratos quentes, como karaague, frango frito marinado em shoyu e gengibre, karê (curry) e tonkatsu (lombo de porco frito selado com ovos e servido com molho agridoce).
https://www.instagram.com/izakayamatsu/

JoJo Ramén
Coisa comum no Japão é ter restaurantes especializados em apenas um prato. Um desses exemplos, mas aqui no Brasil, é JoJo Ramen. Serve apenas quatro tipos de laméns (macarrão em caldo) e alguns petiscos. Costuma fazer fila (e vale a pena).
https://www.jojoramen.com.br

Vivianne Wakuda
Não é bem um restaurante. Mas a chef confeiteira se destaca pelos doces no estilo yogashi – que são a versão japonesa de tradicionais confeitos europeus. Ela trabalha por encomendas e, volta e meia, suas criações estão à venda no
https://www.instagram.com/viwakuda/?hl=pt-br

Correção: Ao contrário do que informava a primeira versão do texto, a imigração japonesa começou 111 anos atrás, e não 101 anos atrás.

 

]]>
0
Chefs contam o que acontece nos restaurantes no Dia dos Namorados http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/06/12/chefs-contam-o-que-acontece-nos-restaurantes-no-dia-dos-namorados/ http://daora.blogosfera.uol.com.br/2019/06/12/chefs-contam-o-que-acontece-nos-restaurantes-no-dia-dos-namorados/#respond Wed, 12 Jun 2019 15:31:50 +0000 http://daora.blogosfera.uol.com.br/?p=300

Tenha paciência com as filas e os erros, recomendam os chefs (crédito: Divulgação)

Guerra, tumulto, confusão? Não é a movimentação do paulistano no Dia dos Namorados. Nesta data, o mais correto, a meu ver, seria ficar em casa – aplicativos como iFood, Rappi e Uber Eats, permitem escolher de tudo, sem ter que pegar fila. Para muitos casais, porém, é inevitável cumprir o ritual de sair para jantar e depois ir ao motel. Até porque, quem preferir ficar em casa será acusado de ser pouco romântico e ter o “coração peludo”.

E não fique achando que só os namoradinhos é que se lascam. Toda a equipe do restaurante – de lavadores de pratos (carinhosamente, ou não, chamados de pias) a chefs de cozinha, passando por garçons e os caixas –, precisa cortar um dobrado para que todo mundo fique feliz ao final da noite. “É o nosso dia mais corrido, atendemos cerca de 70 casais em um curto espaço de tempo. A cozinha pega fogo”, conta Daniela França Pinto, chef do restaurante Cortés Asador.

Para dar conta desse volume, os chefs criam menus especiais para facilitar a vida da cozinha e do salão. Ou você achava que os pratos servidos especialmente no Dia dos Namorados têm a ver apenas com romantismo? Na correria, quanto menos opções, mais fácil é atender os casais. “A gente faz um cardápio mais fechado para que o cliente não tenha que ficar pensando muito no que vai comer, diz o chef Marcelo Tanus, responsável pelas cozinhas dos restaurantes Ici Brasserie e Bráz Trattoria e dos bares Astor e SubAstor.

Esses cardápios também têm alguns segredos. “A gente evita cebola crua, comidas com alho… São coisas fatais para o Dia dos Namorados”, se diverte Daniela. “A ideia é servir porções pequenas, para ser uma refeição leve. A gente também calcula exatamente o tamanho do prato e o tempo de serviço entre um outro. Em uma degustação, isso é o mais importante”, explica Tanus, que serve nesta quarta-feira um jantar especial no Bar do Cofre. “A pessoa não pode sair de barriga cheia”, concorda Daniela. Acho que todo mundo consegue adivinhar o motivo.

Como sair para jantar não é mais uma opção, os chefs também dão alguns conselhos para aproveitar melhor o Dia dos Namorados:

Dica nº1: Faça reserva! “Os horários mais cedo são os mais tranquilos”, explica Daniela, do Cortés Asador. “E, como as pessoas vão para a fila do motel depois, é melhor chegar e sair com calma”, brinca a chef. “No segundo turno, as pessoas chegam mais aflitas”, diz.

Dica nº2: Vá com o fluxo. “Tudo é pensado para agradar o casal. O vinho sugerido vai chegar mais rápido, vai chegar geladinho, porque já estava na adega. Os cardápios fechados também chegam mais rápido”, explica Daniela.

Dica nº3: Tenha paciência. “Parece que as pessoas ficam com mais pressa ainda nesse dia, mas é melhor para o casal ser mais compreensivo. É um dia mais movimentado e alguns atrasos podem acontecer”, aconselha o chef Marcelo Tanus. “Tente não estressar, não brigar com o garçom”, recomenda Daniela. “O melhor é tomar um bom vinho, aproveitar e não criar climão”, acrescenta.

Bar do Cofre
https://www.subastor.com.br/bardocofre

Cortés Asador
http://restaurantecortes.com.br/

Ici Brasserie
https://www.icibrasserie.com.br/

]]>
0