É dia de feira!
O ramo de comidas e bebidas (e não só ele, claro) vive de ondas. Algumas chegam para ficar, como as hamburguerias, enquanto outras não vingam, como a culinária molecular, que consiste em usar técnicas avançadas para criar pratos mirabolantes. E uma dessas ondas recentes é a do produto "artesanal", em tese mais gostoso que a versão industrializada. Pode olhar no supermercado, sempre vai ter algum produto com esse rótulo – mesmo que ele tenha sido feito uma grande fábrica.
O movimento começou há alguns anos, com vários chefs falando da valorização de pequenos produtores – sejam de queijos, embutidos, orgânicos, cervejas, etc. Foi só no ano passado que a coisa tomou força, porém, quando a chef Roberta Sudbrack foi autuada em pleno Rock in Rio por ter linguiças e queijos artesanais sem o SIF, selo que permite a venda de alimentos no Brasil inteiro.
Com TVs, portais, jornais e revistas falando sobre o assunto, o interesse aumentou e fez também com que deslanchassem as feiras de produtores artesanais – elas já existiam, mas foi nesse ano que ganharam corpo. Para quem gosta de comer bem, esses eventos são uma festa. Embutidos, cervejas, pães, doces, geleias e mais um monte de coisas estão à venda por quem faz – o que é garantia de que o produto é mesmo artesanal. Também é uma oportunidade para conhecer mais sobre os processos e as diferenças em relação aos ingredientes industrializados.
Só neste fim de semana há duas acontecendo. Uma é a Comida de Herança, com enfoque em comidas e produtos dos vários imigrantes que se estabeleceram em São Paulo, como arepas venezuelanas, sanduíches sírios e pastéis de belém portugueses – são 50 expositores, no total. Já no Eataly, megaempório foodie que fica na Zona Sul de São Paulo, cerca de dez produtores de queijos, embutidos e geleias oferecem e vendem degustações de seus produtos.
E, na semana que vem é a vez da maior delas, a Sabor Nacional, com mais ou menos 90 expositores, entre produtores e barracas de comida. Outras que valem a menção são a Giro Artesanal e a Mercado Manual. Claro, como em todas as modas, há um excesso no começo. Mas, pelo menos por enquanto, dá para dizer que essa onda vai ficar por um bom tempo.
Comida de Herança
Onde: Museu da Imigração – Rua Visconde de Parnaíba, 1316, Brás
Eataly Feira do Produtor
Onde: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1489, Itaim Bibi
Telefone: (11) 3279-3300
Sabor Nacional
Onde: Museu da Casa Brasileira – Avenida Brig.Faria Lima, 2705
Telefone: (11) 3032-3727
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